About faith

You know, about faith. I don’t know why people feel pride by believe in something they can’t see! – eu não anotei, o gravador não ligou e não consegui um tradutor simultâneo, então é mais ou menos por aí que fica essa citação. Que me perdoem algum tempo descompassado ou preposição pecaminosa – lusófono algum tem muitas certezas sobre os usos de in/at/on. O ponto é: foi aí meu maior lamento por ela não estar ouvindo. Que a fé é pra quando não damos conta das coisas como elas são. É uma pena, mas, no caminho, ela me cobrou que eu acreditasse na força do que dá certo e na lição ensinada pelos erros impostos (nunca cometidos). Ela exige mais uma motivação tradicional, superada de quando me levava ao centro espírita. Agora, mais madura para enfrentar as contradições do sincretismo, ela me pede que eu acredite em deus, e que vá à missa aos domingos. Continuar lendo

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Por causa de um vestido

Esta é uma história da vida pública de uma mulher que passou por todas as instâncias da vida privada e ainda não se consegue fazer entender no seu infinito particular.

Nós estávamos na praça porque era necessário procurar por uma história. Os jornalistas fazem isso para que os historiadores, depois que passa o tempo, possam decidir o que se encaixa ao arquétipo de fato histórico entre os arquivos. Na prefeitura, no centro de tudo, havia – a exemplo – uma parede de prefeitos enquadrados. Eles – os fatos históricos – cunhados na parede, em ordem cronológica, representam a história do município. Continuar lendo

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Inhotim

Se eu tivesse que escrever uma crônica hoje, ela seria sobre lugar. Como fui recentemente a BH – a 13 horas e 9 paradas de distância -, parece oportuno. Entre os sonhos, eu acordava quilômetros depois, na cidade de Formiga, Divinópolis, Ribeirão… Mas, isso começa muito antes, no Ensino Médio, quando aprendi um conceito científico para ‘lugar’ em geografia humanística: os espaços vivenciados pelas pessoas – com um quê de memória e de valor. Continuar lendo

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Você sabe a regra do impedimento?

[confira no Repórter Unesp]

Daquilo que ainda afasta as mulheres do universo do esporte, porque as “garotas só querem se divertir”

O tabu quanto à inserção da mulher no esporte já foi uma questão de vida ou morte. Nas Olimpíadas da Grécia Antiga, inauguradas a 776 a.C., as mulheres eram impedidas de participar. A cidade de Olímpia, onde aconteciam os jogos, era um lugar de homens por justificativa sacra e as mulheres desobedientes eram julgadas sob a pena de morte. Como nos apontam as conquistas femininas ao longo da história, especialmente no que diz respeito às Olimpíadas, o esporte, como fruto de mimetismo das hierarquias socioculturais a que se ajusta, reproduz, para além dos preconceitos intrínsecos à sociedade, os movimentos de transformação da ordem social. Entre tais transformações, estão as correntes de empoderamento feminino que dão novo tom inclusive ao cenário esportivo. Continuar lendo

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Minha primeira crônica esportiva

[confira no Repórter Unesp]

por Adriana Kimura

São quase 15h. Estamos sentados porque é domingo e meu pai está ao meu lado pelo mesmo motivo. Um tranco e o aviso, que vem bilíngue desde a Copa, impecável: Estação Fradique Coutinho, desembarque pelo lado direito do trem. E eu concluo que faz tempo isso de não morar em São Paulo. Na Pinheiros, eu penso: ainda bem que não desço aqui, ainda bem que nunca entro por aqui – sempre é horário de pico em determinadas estações; na Faria Lima, não há observações para transferência, é só Estação Faria Lima – e que poderia ser mais Pinheiros, mesmo sem ninguém descer, por questão de proximidade. Mas Estação Fradique Coutinho?, essa é nova. Gente mais das antigas vai dizer: coisa nova é a Linha Amarela. Continuar lendo

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Política nas mídias sociais

[confira em Jornalismo Especializado]

Por Adriana Kimura

O advento tecnológico é uma importante conquista para a democracia, mas a falta de engajamento do povo ainda é um obstáculo

Para os otimistas, estaríamos prestes a uma transformação radical da democracia representativa em democracia plebiscitária (idem, 49) permitindo o aumento da participação dos cidadãos nas decisões dos governos, possibilitada pelo voto eletrônico. Além disso, a Internet permite “radicalizar a democracia, criando um novo espaço público construído em torno de uma sociedade civil que se organizará à margem do Estado” (idem, 57). Para os pessimistas, “a nova sociabilidade virtual destrói as bases da interação que permite a construção do espaço público e aumenta a capacidade de controle da população pelo Estado” (idem, 49). Para estes, “a Internet destrói as relações face a face, que seria a única fonte de comunicação capaz de gerar grupos sólidos e estáveis, com memória histórica (no lugar do mundo atemporal da Internet), que seria a única base possível de sustentação de uma vida pública e de ação política constante”. Nesse contexto, seria facilitado o controle crescente do Estado e das empresas sobre os cidadãos (idem, 57)*

Os primeiros conceitos de democracia se concretizaram no espaço daságoras gregas. Em praça pública, discutiam-se as diretrizes e decisões políticas, com a participação direta de todos aqueles que eram considerados cidadãos. A famigerada democracia passou por séculos de mudanças e hoje, no Brasil, se instala em sua forma representativa. Apesar da importância dos detalhes e do contexto não mencionados neste espaço, a base ainda é o poder do povo. Continuar lendo

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Editorial Racismo – Repórter Unesp

[confira no Repórter Unesp]

A idealização da Academia, por Platão, no século IV a.C., foi um protótipo do conceito moderno de universidade; pensadores influentes fundavam escolas para difundir seus conhecimentos ainda sem considerar a possibilidade do debate. Na Ásia do século V, sob o cuidado de filósofos budistas que promoviam discussões filosóficas, a universidade de Nalanda, em Bihar, Índia,  foi a primeira a concretizar o cerne da definição de universidade carregado até a atualidade: o espaço para debate de temas diversos na busca pelo conhecimento. Continuar lendo

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Na fila do pão

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Como os impactos da crise econômica no setor alimentício são observáveis na hora de fazer mercado

Por Adriana Kimura

Uma aula de história, nove anos atrás, foi uma ótima introdução sobre o conceito de juros na minha vida. O professor explicou que, na Baixa Idade Média, a Igreja condenava os juros, porque essa cobrança representava uma tentativa do homem de controlar o tempo a partir de sua capitalização. No intervalo da aula, eu quis comprar um pirulito de 25 centavos e não tinha dinheiro. Emprestei de um amigo os 25 centavos e prometi: amanhã, pago-te 50. Meu amigo recebeu, pelo tempo de 24 horas, 100% sobre os meus 25 centavos – os juros! Continuar lendo

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Islândia: não é mais uma lista de curiosidades

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Sobre os segredos por trás dos recordes e peculiaridades da ilha de gelo e sua possível explicação

Por Adriana Kimura

Em 2013, sob direção e atuação de Ben Stiller, o conto “A vida secreta da Walter Mitty”, de James Thurber, ganhou uma segunda adaptação para cinema. A narrativa é ilustrada através da combinação entre momentos de fantasia e realidade segundo a imaginação de Walter Mitty. A nova versão para cinema recebeu detalhes significativos para a construção de uma ambientação onírica: cenas gravadas na Islândia – e foi aí que eu me atentei para a existência do pequeno país nórdico insular europeu. Continuar lendo

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A feira livre insiste em existir

A pressa e o pragmatismo atentam contra a feira, mas o mercado de rua ainda vale o sol na cabeça

Por Adriana Kimura, Michael Barbosa e Vitor Almeida

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Faz parte do currículo escolar. Em um período que se inicia por volta do século XI, e que ficou grafado na História como baixa idade média, a Europa começou a renascer. Fechados em seus casulos-feudos desde as Invasões Bárbaras, os europeus vinham de um longo período em que fazer comércio deixara de ser parte da realidade daqueles que viviam da Península Ibérica aos Montes Urais; da Bretanha à costa oeste do Mar Negro. Microestruturas autossuficientes, os feudos não produziam uma agricultura de excedente de produção; do contrário, servos semeavam e colhiam apenas o necessário para sobreviver e cumprir com as vastas obrigações fiscais da época, o que, muitas vezes, era um tanto a menos que o mínimo necessário para uma alimentação digna. Continuar lendo

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